Projeto reúne mulheres para esportes e diversão em Águas Claras

Projeto começou em janeiro de 2015 e já tem 238 mulheres cadastradas.

São quatro encontros por semanas: terça, quinta, sábado e domingo.

Participantes do projeto se reúnem em Águas Claras para treinar vôlei, queimada e handebol (Foto: Projeto Zoe/Divulgação)

O Projeto Zoe Super Mulheres foi criado há apenas quatro meses e já faz sucesso em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal que comemora 12 anos nesta quarta-feira (6). Com o objetivo de proporcionar às mulheres um espaço e um momento só delas, o grupo promove atividades gratuitas e se reúne para praticar esportes como vôlei, queimada e handebol, além de pular corda e elástico, andar de patins e várias outras atividades.

Criadora do projeto, Sherlanne Torres diz haver necessidade de escapar das obrigações do dia a dia. “Zoe significa vida em grego, e era isso que eu queria propor: ter uma vida, não apenas sobreviver. Hoje em dia as mulheres têm que ser lindas, magras, trabalhar, estudar, cuidar da casa, dos filhos, marido. O objetivo é chegar lá e esquecer os problemas, tirar a pressão dessa rotina."

O projeto começou a virar realidade quando Sherlanne postou em uma rede social o interesse de reunir mulheres para praticar atividades. No primeiro dia de encontro já foi possível montar times, e, a partir daí, o projeto não parou de crescer. As participantes começaram se reunindo uma vez por semana, mas, devido à demanda, atualmente são quatro encontros: terça e quinta de 19h às 22h, e sábado e domingo de 8h às 12h.

O projeto tem 238 mulheres cadastradas de todas as idades e regiões. A participante mais nova tem 16 anos, e a mais velha, 60. Elas vêm de todos os lugares: Águas Claras, Plano Piloto, Guará, Octogonal, Valparaíso, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e até Santo Antônio do Descoberto (GO).

“Tudo é feito de uma maneira amadora, mas que tem dado muito certo. Tem sido uma experiência maravilhosa. É uma coisa que a gente faz com todo coração e amor. Tenho recebido muitos feedbacks positivos, de mulheres que estavam em depressão, separando do marido, problema com filho e o projeto mudou a vida delas”, conta Sherlanne.
Mulheres do Projeto Zoe Supermulheres jogam vôlei em Águas Claras no final de semana (Foto: Facebook/Projeto Zoe)

Leila Cristine participa do projeto desde o começo e é uma dessas mulheres. “[Ele] Me ajudou muito porque eu estou tentando superar algumas coisas, passei por alguns problemas pessoais sérios e tenho sequelas visíveis. Já tinha dificuldade de interagir com outras mulheres, me sentia marginalizada. Eu fazia tratamento há três anos antes de entrar para o projeto e agora até meu psicólogo falou que está me ajudando muito, ele diz que estou mais confiante, segura, determinada. O projeto realmente mudou minha vida”, conta.

Além de estimular as atividades físicas, o grupo também pretende fazer trabalhos sociais. Uma das ideias é levar todo mês presentes aos hospitais e arrecadar comida e agasalhos.

“O sentimento de gratidão não tem preço. Por isso que eu fico o tempo todo envolvida, pensando no que posso fazer para elas. Quero que elas recebam mimos, que sejam bem-vindas, que se sintam especiais, preciosas”, diz Sherlanne.

O projeto ainda não tem patrocínio e é bancado pelas próprias integrantes. Ninguém é obrigado a contribuir, mas sempre que possível cada uma doa até R$ 10 para arcar com os custos.

Campeonato
Em maio, o projeto fará seu primeiro campeonato de vôlei e queimada. Serão dez times de vôlei e de queimada, cada um com oito mulheres.

O campeonato alcançou certa visibilidade no meio, e times da Ceilândia que jogam há um ano e meio pediram para fazer parte da competição.

Além de os participantes receberam camisetas, os ganhadores recebem premiações e malhadas. Os jogos acontecem dias 17, 24 e 31 de maio. Todos serão realizados aos domingos para poder incluir todas as mulheres.

Fonte: Redação.
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