Unidade reforça a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados terapêuticos para preservar a qualidade de vida dos pacientes
Doença não tem uma única origem, mas pode ser resultado de processos encadeados, como alterações mentais, doenças vasculares, lesões encefalopáticas e declínio cognitivo leve. (Foto: Débora Alves)
A Policlínica Estadual da Região Nordeste II – Posse, unidade do Governo de Goiás administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED), promoveu uma ação de conscientização sobre a Doença de Alzheimer, transtorno neurodegenerativo progressivo que compromete a memória, as funções cognitivas e o comportamento. A iniciativa buscou alertar a população sobre os principais sinais e sintomas da doença, que tem impacto significativo tanto na vida do paciente quanto de seus familiares.
A Doença de Alzheimer se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, afetando progressivamente a capacidade de realizar atividades do dia a dia. Segundo o fisioterapeuta Kalyson Moreira da Silva, profissional da Policlínica de Posse, os primeiros sinais incluem esquecimento de fatos recentes, repetição de perguntas, dificuldade em acompanhar conversas e pensamentos complexos, além de desorientação, irritabilidade e mudanças de comportamento. “O problema ocorre quando o processamento de certas proteínas no sistema nervoso central começa a falhar, comprometendo o funcionamento dos neurônios e levando à morte celular”, explica ele.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 55 milhões de pessoas vivem hoje com algum tipo de demência no mundo, e esse número pode chegar a 150 milhões até 2050. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 8,5% da população com 60 anos ou mais convivem com a doença, representando um número aproximado de 1,8 milhão de casos.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento multidisciplinar são fundamentais para retardar a progressão da doença e garantir mais qualidade de vida. “Embora o Alzheimer não tenha cura, é possível proporcionar bem-estar e autonomia ao paciente com intervenções que estimulem o corpo e a mente. A fisioterapia, por exemplo, tem papel importante na manutenção da mobilidade, do equilíbrio e na prevenção de quedas, contribuindo para a independência funcional do idoso”, explica o especialista da Policlínica.
A unidade reforça que a busca por orientação médica, seja com um geriatra ou neurologista, ao perceber os primeiros sintomas, é essencial. Esses profissionais são responsáveis por realizar exames clínicos e testes cognitivos que auxiliam na confirmação do diagnóstico e permitem o início precoce do tratamento, quando necessário. O acompanhamento regular contribui para o controle dos sintomas, o suporte emocional aos familiares e o planejamento adequado das intervenções terapêuticas.


%20(1).jpg)

.png)